A Carina Valente
“Veo el poema en tus ojos, no dejo de verlo y el poema crece
en tu mano”
Yo mismo
Tu boca es
un cielo redondo.
Tus manos
modelan mi cabeza negra con el barro que queda en tus sueños.
Te peino las
palabras de amor, pasamos juntos el rastrillo por la arena azul.
Me das
trozos de mar, te doy infinitos
y me das el
sol en un vaso de leche
y te doy un
árbol cuyos frutos son tus ojos
y me das la
flor azul de tu pensamiento
y te doy mi
reloj parado en la hora de tu iluminación
y me das el
pájaro de tu vientre
y te doy
viejas palabras rotas
y tu me
alimentas con palabras nuevas.
Te doy una
red de luz
Y me das un
día de verano junto al río.
En tu boca
redonda paseo, el cielo, la luz de tu cuerpo
Y nunca piso
tu sombra,
Nunca piso
tu sombra
Por no pisar
tu luz
Y tu recoges
mi sombra y te la echas sobre tus hombros de plata,
Te cubres
con ella,
Con mi
sombra pisada por extraños
Y te doy un
pequeño caballo
Y me das el
sol dentro del sol,
Y me señalas
la estrella del verano,
Me giras
para que vea el mundo lleno de amor.
"Vejo o
poema nos teus olhos, continuo a vê-lo e o poema cresce na tua mão"
A tua boca é um céu redondo.
As tuas mãos moldam a minha cabeça negra com a argila que permanece nos teus sonhos.
Penteio-te as palavras de amor, passamos juntos o ancinho pela areia azul Dás-me pedaços do mar, eu dou-te infinitos.
dás-me o sol num copo de leite
e eu te dou-te uma árvore cujos frutos são teus olhos
dás-me a flor azul do teu pensamento
eu dou-te o meu relógio parado no momento da tua iluminação
e tu dás-me o pássaro do teu ventre
eu dou-te velhas palavras cansadas
e tu alimentas-me com palavras novas.
Eu dou-te uma rede de luz
tu dás-me um dia de verão à beira-rio
As tuas mãos moldam a minha cabeça negra com a argila que permanece nos teus sonhos.
Penteio-te as palavras de amor, passamos juntos o ancinho pela areia azul Dás-me pedaços do mar, eu dou-te infinitos.
dás-me o sol num copo de leite
e eu te dou-te uma árvore cujos frutos são teus olhos
dás-me a flor azul do teu pensamento
eu dou-te o meu relógio parado no momento da tua iluminação
e tu dás-me o pássaro do teu ventre
eu dou-te velhas palavras cansadas
e tu alimentas-me com palavras novas.
Eu dou-te uma rede de luz
tu dás-me um dia de verão à beira-rio
Na tua boca redonda passeio, o céu, a luz do teu corpo
E nunca piso a tua sombra,
Nunca piso a tua sombra
Para não pisar a tua luz
E tu recolhes a minha sombra e carrega-la nos teus ombros de prata,
Cobres-te com ela,
Com a minha sombra pisada por estranhos
Eu dou-te um pequeno cavalo
Tu dás-me o sol dentro do sol,
Apontas-me a estrela do verão,
Transformas-me para que veja o mundo cheio de amor.
E nunca piso a tua sombra,
Nunca piso a tua sombra
Para não pisar a tua luz
E tu recolhes a minha sombra e carrega-la nos teus ombros de prata,
Cobres-te com ela,
Com a minha sombra pisada por estranhos
Eu dou-te um pequeno cavalo
Tu dás-me o sol dentro do sol,
Apontas-me a estrela do verão,
Transformas-me para que veja o mundo cheio de amor.
(Traducción al portugués de Carlos Ramos)